🩺 Relatório Parcial da Pesquisa sobre Saúde no Parque Mambucaba

Núcleo Um Olhar sobre Mambucaba – Instituto Cidadania e Políticas Territoriais (ICPT)
📅 Atualizado em 30 de maio de 2025


📌 Introdução

Compreender como a população percebe e acessa os serviços de saúde no Parque Mambucaba é fundamental para fortalecer políticas públicas mais eficazes, humanas e territorializadas.

Este relatório parcial apresenta os primeiros resultados da nossa pesquisa participativa — ainda em andamento — realizada com moradores da região.
👉 Nesta primeira etapa, a coleta de dados foi feita de forma online, por meio de formulário digital, buscando alcançar diferentes perfis da população de maneira acessível.

Os dados revelam não apenas os desafios enfrentados cotidianamente, mas também oportunidades de escuta, engajamento e transformação coletiva.


📊 Perfil das respostas

  • Desejo de anonimato: 60,8% das pessoas optaram por não se identificar, o que reforça a importância de preservar o sigilo e a segurança dos respondentes.
  • Faixa etária predominante: 43,2% dos participantes estão entre 31 e 45 anos, grupo geralmente responsável por demandas familiares e de saúde frequente.
  • Localidade: 94,5% dos respondentes vivem no bairro Parque Mambucaba, confirmando o foco territorial da pesquisa.

🏥 Uso dos serviços de saúde

  • Utilização dos serviços: 97,3% dos participantes já utilizaram algum serviço de saúde na região.
  • Unidade mais mencionada: O SPA Mambucaba aparece como a unidade mais utilizada (29,7%), seguido pelos módulos da Estratégia Saúde da Família (ESF).
  • Frequência de uso: A maioria usa os serviços ocasionalmente (59,5%), ou seja, algumas vezes ao ano.

📉 Avaliação dos serviços

Sobre a avaliação do atendimento nas unidades de saúde da região, o cenário é o seguinte:

  • Péssimo: 20,3%
  • Ruim: 16,2%
  • Regular: 36,5%
  • Bom: 18,9%
  • Ótimo: 8,1%

Mais da metade das pessoas considera o atendimento insatisfatório (regular, ruim ou péssimo), revelando insatisfação significativa com a qualidade do serviço oferecido.
Ao mesmo tempo, cerca de 27% avaliaram positivamente (bom ou ótimo), o que mostra que existem experiências positivas que merecem ser replicadas e valorizadas.


📅 Dificuldade para agendar consultas ou exames

  • Sim, frequentemente: 50%
  • Sim, às vezes: 35,1%
  • Não, consigo agendar sem problemas: 14,9%

A dificuldade para agendar consultas ou exames é uma das principais barreiras relatadas, afetando o acesso oportuno aos serviços básicos de saúde.


🧭 Conhecimento sobre os serviços

  • Função da unidade: 51,4% sabem qual é o papel da unidade que utilizam.
  • Diferença entre CEM, SPA e ESF: 50% disseram que sabem diferenciar os tipos de unidade.
  • Quando procurar cada unidade: 51,4% afirmaram que sabem quando procurar cada tipo de unidade de saúde.

Esses números demonstram que quase metade da população ainda tem dúvidas ou desconhece o funcionamento da rede de saúde, o que impacta no uso correto dos serviços e no fluxo de atendimento.


🚨 Principais problemas apontados

Os participantes puderam selecionar múltiplas opções de problemas percebidos nos serviços de saúde. Os mais citados foram:

  • Falta de medicamentos: 64,9%
  • Dificuldade para marcar consultas ou exames: 62,2%
  • Tempo de espera elevado: 62,2%
  • Falta de médicos ou profissionais de saúde: 47,3%
  • Pouca informação sobre os serviços disponíveis: 44,6%
  • Atendimento ruim por parte da equipe: 37,8%
  • Estrutura física inadequada: 6,8%
  • Outros (problemas diversos relatados): 12,2%

🗣️ Vozes do território: o que dizem os moradores?

A seção de comentários abertos revelou relatos fortes, sinceros e muitas vezes emocionados. Algumas falas destacam:

“A estrutura do bairro não acompanha o crescimento da população. Falta médico, falta informação e ainda somos mal atendidos.”

“A marcação de consulta é só uma vez por mês. Se você não consegue vaga, tem que esperar mais um mês.”

“A gente sai de madrugada pra fila e nem sempre consegue ser atendido. Parece que é um favor.”

“O problema não é só estrutura, é também falta de acolhimento. O atendimento precisa ser mais humano.”

Outros pontos citados com frequência:

  • Demora para marcação e realização de exames
  • Agentes de saúde descomprometidos
  • Falta de especialistas na região
  • Deslocamentos frequentes até o centro de Angra para consultas e exames
  • Dificuldade em acessar medicamentos básicos
  • Falta de um sistema simples de agendamento

🤝 Como você pode se envolver

Você pode ajudar a fortalecer essa construção coletiva de várias formas:

Responda à pesquisa (se ainda não respondeu)
📢 Compartilhe com vizinhos e grupos da comunidade
👂 Participe das reuniões presenciais e leve suas ideias
📬 Envie sugestões ou relatos para: observatoriomambucaba@gmail.com
🌐 Acompanhe nossas ações em: www.observatoriomambucaba.com.br


📌 Considerações finais

Este relatório parcial é um convite à reflexão e à ação. Os dados revelam problemas concretos na estrutura de saúde do Parque Mambucaba, mas também mostram que há uma população atenta, crítica e disposta a contribuir com melhorias.

O Instituto Cidadania e Políticas Territoriais, por meio do Núcleo Um Olhar sobre Mambucaba, reafirma seu compromisso com a produção de dados cidadã e a mobilização social como caminhos para políticas públicas mais eficazes e justas.🌐 Acompanhe nossas ações em:mo caminhos para políticas públicas mais eficazes e justas.

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